O Brazilian Tunable Filter Imager é um imageador interferomé Fabry-Perot de nova tecnologia, altamente versátil, construído para ser usado com o telescópio SOAR. O BTFI utilizad duas novas tecnologias na sua construção: um módulo com rede de difração holográfica e um etalon Fabry-Perot que permite mover suas placas ao longo de várias ordens de interferência. Na prática teremos resoluções na ordem de 5 a 40000 num mesmo instrumento. Paralelamente a toda a sofisticação mecânica e eletrônica do BTFI, há um esforço para que os dados provenientes dele sejam calibrados e analisados da maneira mais rápida e adequada, permitindo uma utiliação otimizada do instrumento. Ao contrário dos epectrógrafos de fenda, os dados obtidos num Fabry-Perot possuem algumas peculiaridades que podem tornar sua redução difícil. Por exemplo, nos cubos de dados observados, cada uma das imagens idividuais não corresponde a um mesmo comprimento de onda devido a geometria do instrumento; cada ponto da imagem tem um comprimento de onda diferente. Deste modo, é necessário construir um mapa de fases a partir de observações de calibração a fim de corrigir o cubo observado transformando-o em um cubo em comprimento de onda. Da mesma forma, a calibração em comprimento de onda e a determinação da ordem de interferência que está sendo usada demandam rotinas complexas de observação e redução dos dados. Exatamente com o objetivo de mitigar estas dificuldades que a equipe de software do BTFI trabalha. O seu objetivo é fazer com que o observador tenha acesso ao conteúdo científico dos seus dados no menor tempo possível, quiçá ainda durante a observação. Atualmente a equipe trabalha em várias etapas da construção. O software está dividido conceitualmente em baixo, médio, alto nível (de acordo com a abstração em relação ao hardware) e processamento de dados. Parte da equipe trabalha em baixo nível no desenvolvimento dos drivers que controlarão as partes do instrumento; outro profissional desenvolve o núcleo de controle e verificação de estados do hardware que ficará entre as camadas de hardware e de observação. Outro programador está codificando, junto com o gerente do projeto, o conhecimento da operação do instrumento na forma de um aplicativo que possa ser acoplado ao sistema posteriormente. Na equipe de software científico, está desenvolvido um sintetizador de dados que simula por completo uma observação do BTFI por completo, para que possamos desenvolver rotinas de tratamento dos dados antes que o instrumento funcione; atualmente esta sendo implementado um servidor de rede para o software científico, para que todas as rotinas de calibração dos dados possam ser acessadas através de uma interface simples e de qualquer computador da rede do obsrevatório, principalmente pelos diferentes módulos do BTFI. Como coordenador da equipe de software, minha função é garantir que o sistema como um todo tenha unidade, que compartilhe caracterísicas e virtudes comuns, que possa ser adequadamente desenvolvido num intervalo de tempo compatível com o instrumento e que produza resultados adquados. Ele dever permitir manutenção adequada e ser possível de ser aprendido e utilizado por qualquer usuário que conheça o assunto. Durante o desenvolvimento, temos mantido uma postura de código livre no sentido que utilizar ferramentas que possam ser usadas por qualquer pessoa agora e no futuro, possibilitando que o software tenha vida longa e que os dados sejam amplamente utilizados. Pessoalmente, tenho me dedidado ao núcleo de software científico, as rotinas que incluem ajuste de anéis nas imagens, correção de fases, modelagem dos mapas de fase, aquelas rotinas que demandam conhecimento científico além de computacional. Fabricio Ferrari, Bagé, RS, fevereiro de 2010